31.10.09

after death



(litografia de will barnet, "silent seasons - summer", 1974)

"Há quem defenda a teoria de que depois da morte o corpo e a mente separam-se. O corpo e a mente não se separam. O corpo muda de forma deixando para trás a sua parte mais densa mas conservando sempre a sua capa exterior. A mente (não confundir com cérebro) vai contigo, também, unir-se ao espírito e ao corpo enquanto única massa de energia de três dimensões, ou facetas." (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 222.

27.10.09

a verdadeira face da nossa divindade



(fotografia de richard avedon, "cyd charisse, dress by macrini, NY studio", s/d)


"Quando corpo, mente e alma criam em conjunto, em harmonia e em unidade, Deus faz-se carne" (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 216.

25.10.09

walt whitman



(pintura de gustavo acosta, "a walk in your city", 2008)


"The earth to be spann'd, connected by network,
The races, neighbors, to marry and be given in marriage,
The oceans to be cross'd, the distant brought near,
The lands to be welded together." (1)

walt whitman



(1) WHITMAN, Walt apud BJÖRNEBORN, Lennart - Small-world link structures across an academic web space: a library and information science approach. Copenhagen: Royal School of Library and Information Science. 2004. pg. 33.

22.10.09

which way to go



(pintura de alex katz, "central park path", 2006)


"
«Cheshire Puss,» she began, rather timidly, as she did not at all know whether it would like the name: however, it only grinned a little wider.

«Come, it's pleased so far,» thought Alice, and she went on.

«Would you tell me, please, which way I ought to go from here?»

«That depends a good deal on where you want to get to, » said the Cat.

«I don't much care where-» said Alice.

«Then it doesn't matter which way you go,» said the Cat.

«-so long as I get somewhere,» Alice added as an explanation.

«Oh, you're sure to do that,» said the Cat, «if you only walk long enough.»" (1)

lewis carroll


(1) CARROLL, Lewis apud BJÖRNEBORN, Lennart - Small-world link structures across an academic web space: a library and information science approach. Copenhagen: Royal School of Library and Information Science, 2004. fol. XVII.

17.10.09

fazer-se aquilo de que se gosta



(desenho de andy warhol, "pete rose", 1985)


"As pessoas que ganham a vida a fazer aquilo de que mais gostam são as que insistem em fazê-lo. Não desistem. Nunca cedem. A vida que se livre de não deixá-las fazer aquilo de que mais gostam." (1)

neale donald walsch



(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 209.

lançamento do #1 da revista INÚTIL, convite‏




vindo de maria quintans, o convite para o lançamento da revista inútil:

"Caros colaboradores da INÚTIL


Tal como anteriormente anunciámos, o lançamento do #1 da Revista INÚTIL decorrerá no dia 23 de Outubro na Livraria Ler Devagar - LX Factory, em Lisboa.

Contamos com a vossa presença e junto enviamos o convite, bem como e-flyer, com toda a informação relativa ao evento.

Estes elementos, convite e flyer, ficam à vossa inteira disposição para divulgação da INÚTIL e do seu lançamento, o que desde já muito agradecemos.


Lá estaremos dia 23 de Outubro, para celebrar e tornar visível este projecto de palavras e imagens partilhadas, as vossas.
Até lá!


Um abraço dos Inúteis

Maria Quintans | Ana Lacerda | João Concha
http://inutilrevista.blogspot.com"

15.10.09

mais um sorteio



(primeira página de menina e moça, de bernardim ribeiro)


meus queridos amigos,

mais uma vez convidaram-me para um sorteio internético. ou literário-internético. foi a alexandra e, indirectamente, o grande manuel l. rodrigues, da galiza. em que consiste o sorteio/jogo? em escolhermos um livro que faça parte do mundo literário galego ou português e o colocarmos no nosso blog.

segundo as regras, devemos depois passar a bola a cinco blogs. eu não escolho cinco blogs, escolho todos os meus amigos da lista escritas, da lista amante das leituras e da lista casa da poesia a dizerem da sua justiça ou do seu livro.

o meu é menina e moça de bernardim ribeiro que constitui uma das minhas obras de referência e que me apaixonou desde a adolescência, especialmente a primeira parte e a história de avalor, o verdadeiro cavaleiro do amor cortês.

um abraço a todos
jorge vicente

valley of the dolls, mark robson



(imagem de valley of the dolls, retirado daqui)


muitos admiradores da sétima arte poderão não concordar comigo, mas eu considero o vale das bonecas (valley of the dolls, em inglês) um grande filme. não consegui perceber a razão porque o consideram um clássico do trash americano. definam-me trash. definam-me o que é um mau filme. definam-me o que é um filme pulp. provavelmente, ninguém vai conseguir explicar até porque agora, quando vemos os filmes saídos de hollywood, não conseguimos ter pontos de referência. valley of the dolls bateria qualquer um.

talvez o que irrita muitos dos críticos é o facto do filme ser uma seta direccionada para o meio fascinante, mas tremendamente cruel do show business norte-americano. as bonecas são o nome que as actrizes davam (dão?) às drogas (the «dolls», the «pills») e este filme é uma seta, embora dê uma visão quase estilística ao consumo de drogas: parecia quase uma coisa bonita, da moda. algo que poderia funcionar num filme saído dos estúdios, um mega-sucesso sensacionalista. isso irritaria os críticos até porque a vida de devassidão das estrelas não interessam a ninguém: é a antítese de boa arte e boa cultura. no entanto, valley of the dolls tem aquela coisa mágica que os bons filmes devem ter: carisma e personalidade, coisa que muitos dos filmes menores de al pacino e robert de niro nem sequer têm.

jorge vicente



(tema principal de "valley of the dolls", cantado por dionne warwick)

10.10.09

a questão do dinheiro



(mixed media por donald baechler, "money bag", 2008)


"Vocês generalizaram a ideia de que o dinheiro é mau. Generalizaram também a de que Deus é bom. Benditos sejam! Por conseguinte, no vosso processo mental, Deus e dinheiro não se misturam.

- Bom, acho que, de certa forma, é verdade. É o que eu penso.

O que torna as coisas interessantes, pois nesse caso é-vos difícil receber dinheiro por algo que seja bom.

Quer dizer, se uma coisa é considerada muito «boa», vocês desvalorizam-na em termos de dinheiro. Portanto, quanto «melhor» for a coisa (isto é, quanto mais valiosa) menos dinheiro vale.

Não és o único. Toda a vossa sociedade acredita nisso. Razão pela qual os vossos professores ganham uma miséria e as vossas stripteasers uma fortuna. Os vossos governantes ganham tão pouco, comparados com os vultos do desporto, que acham que têm de roubar para compensarem a diferença. Os vossos padres e rabinos vivem de pão e água enquanto vocês atiram moedas a artistas.

Pensa nisso. Tudo aquilo a que atribuis um alto valor intrínseco deve, na tua opinião, sair barato.

O isolado cientista que tenta descobrir uma cura para a Sida implora que o financiem, enquanto uma mulher que escreve um livro sobre as cem novas maneiras de fazer amor, com cassetes e seminários ao fim-de-semana para o divulgar...ganha uma fortuna.

Isso de ver-o-filme-ao-contrário é uma tendência vossa e provém de um pensamento errado.

O pensamento errado é a ideia que fazem do dinheiro. Adoram-no e no entanto afirmam que é a raiz de todo o mal. Adoram-no e no entanto chamam-lhe «dinheiro sujo». Dizem que uma pessoa é «podre de rica». E se uma pessoa enriquece fazendo coisas «boas» vocês passam logo a desconfiar dela. Consideram isso «errado»." (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 198, 199.

8.10.09

a maravilha que é a vida



(pintura de lina franko, "one man schow", 2007)


"Ah, é uma delícia isto a que chamamos vida! Uma experiência formidável, não é?

Bom, acho que sim.

Achas? Como podia Eu tê-la feito ainda mais formidável? Não te permite experienciar tudo? As lágrimas, a alegria, a dor, o contentamento, a exaltação, o profundo abatimento, o ganhar, o perder, o empate? Que mais haverá?" (1)

neale donald walsch


(1)WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 192.

7.10.09

rui effe



(pintura de amina broggi, "abstand nehmen", 2007)

"era costume clara vestir-se para abrir a janela,
mostrar-se enfeitada de contos e histórias pequenas.
ontem abriu a janela nua dos capítulos roucos que a mascaravam
para que descobrisse quão mortal também era.
rendeu-se à verdade dos prantos falecidos dos poemas mais tristes
e deixou-se cair sombra nos braços mudos da morte.
disse ainda adeus ao abandonar-se das capas rijas
dos livros das histórias pequenas mais compridas,
enviou um beijo aos muitos que do terreiro a viam,
deslizou
serpenteou-se pelo parapeito a dentro,
para lá da janela, desapareceu.
...
nas folhas em branco dos livros plantar-se-á clara
para que nas noites mais calmas e nas pausas das leituras
todos se lembrem dela" (1)

rui effe



(1) EFFE, Rui apud Umbigo. Lisboa. ISSN 1645-4804. Nº 25 (Junho 2008), p. 26.

5.10.09

a noite abrir-nos-á



(fotografia de antónio júlio duarte, "crâneo", 2009)

25.

e o rombo da pele agigantou-se
no grito e na calçada da lua:

vomitam os mares de encontro
ao verso.

jorge vicente

abdicarias de quem És?



(fotografia de françois fleury, "molotov (paris streets-series)", 2006)


"Há alturas em que tens de abdicar de Quem Tu És para seres Quem Tu És.

Houve Mestres que pregaram: não podes ter tudo enquanto não estiveres disposto a abdicar de tudo.

Por conseguinte, para te «teres» a ti mesmo como homem de paz talvez tenhas de abdicar da ideia que tens de ti mesmo como homem que nunca vai para a guerra. A História exigiu dos homens decisões dessas.

O mesmo se passa nas relações mais individuais e mais íntimas. A vida pode exigir-te, mais do que uma vez, que proves Quem És revelando uma faceta De Quem Não És" (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 164.

3.10.09

o respeito pelos nossos sentimentos



(escultura de doris buhler, "geistesblitz I", s/d)


"E por isso há coisas que podes fazer quando reages com desgosto e mágoa àquilo que outra pessoa está a ser, a dizer ou a fazer. A primeira é admitir com sinceridade para contigo mesmo e com a outra pessoa o que estás exactamente a sentir. O que muitos de vocês têm medo de fazer por acharem que, com isso, vão dar uma «má imagem». Algures bem no vosso íntimo, percebem que se calhar é ridículo estarem a «sentir-se assim». Se calhar é uma mesquinhice. São «superiores a isso». Mas não conseguem «evitá-lo». Continuam a sentir-se assim.

Só há uma coisa a fazer: devem respeitar os vossos sentimentos, pois respeitar os vossos sentimentos significa respeitarem-se a vós mesmos. E devem amar o próximo como a vós mesmos. Como hão-de entender e respeitar os sentimentos de outrem se não conseguem respeitar os sentimentos que se encontram dentro de vós?" (1)

neale donald walsch



(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 158, 159.