17.2.12

Espaço e Tempo



(fotografia de Cornelia Parker, "Einstein's Abstracts" (1999)

"O vosso Dr. Einstein e outros compreenderam que o tempo era uma construção mental, um conceito relacional. O «tempo» era o que era em relação ao espaço que existia entre os objectos! (Se o Universo se está a expandir - como está - a Terra demora «mais tempo» a revolver em volta do Sol do que há um bilião de anos. Há mais «espaço» a cobrir.)

Estes acontecimentos cíclicos demoram mais minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, décadas e séculos a ocorrer recentemente do que demoravam em 1492! (Quando é que um «dia» não é um dia? Quando é que um «ano» não é um ano?)

Os vossos novos instrumentos, altamente sofisticados, de medição do tempo, registam agora essa «discrepância" de tempo, e todos os anos os relógios de todo o mundo são acertados para acomodar um Universo que não pára quieto! Chamam-lhe o Tempo Médio de Greenwich... e é médio (1) porque faz do Universo um mentiroso!

Einstein teorizou que se não era o «tempo» que se movia, mas sim ele que se movia no espaço, a um determinado ritmo, o que tinha a fazer era mudar a quantidade de espaço entre objectos - ou mudar a velocidade a que se movia através do espaço entre um objecto e outro - para «alterar» o tempo.

Foi a sua Teoria Geral da Relatividade que expandiu a actual compreensão da correlação entre o tempo e o espaço.

Podes começar agora a perceber porque é que, se fizeres uma longa viagem através do espaço e regressares, podes ter envelhecido apenas dez anos - enquanto que os teus amigos na Terra terão envelhecido trinta! Quanto mais longe fores, mais distorcerás o continuum Espaço-Tempo e menos hipóteses terás de encontrar vivo na Terra quem quer que lá estivesse quando partiste!

No entanto, se os cientistas na Terra, nalgum tempo «futuro», desenvolvessem uma forma de propulsão mais rápida, podiam «fazer batota» com o Universo e ficar em sincronia com o «tempo real» da Terra, e quando regressassem verificariam que se tinha passado o mesmo tempo na Terra que na Nave Espacial.

É evidente que, se se dispusesse de ainda mais propulsão, poder-se-ia regressar à Terra antes mesmo de descolar! Quer isto dizer que o tempo na Terra passaria amis devagar do que o tempo na nave espacial. Podia-se regressar passados dez dos vossos «anos» e a Terra teria «envelhecido» apenas quatro! Aumente-se a velocidade, e dez anos no espaço podem significar dez minutos na Terra.

Agora, se te deparares com uma «dobra» no tecido do espaço (Einstein e outros acreditavam que essas «dobras» existem - e estavam certos!) és subitamente projectado através do «espaço» num «momento» infinitesimal. Poderia um tal fenómeno espaço-tempo «atirar-te» literalmente de volta para o «tempo»?

Não deve ser agora tão difícil ver que o «tempo» não existe excepto como uma construção da vossa mentalidade. Tudo o que jamais aconteceu - e que venha a acontecer - está a acontecer agora. A capacidade de o observar depende apenas do teu ponto de vista - do teu »lugar no espaço».

Se estivesses no Meu lugar, podias ver Tudo - agora mesmo!

Compreendes?" (2)

Neale Donald Walsch



(1) Trocadilho com a palavra mean, que além de significar médio ou mediano, significa também malévolo, vil, ignóbil (Nota do Tradutor)

(2) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus: livro 2. 5ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2002. ISBN 972-8541-10-4. p. 93-95.

3 comentários:

RUTE disse...

Eh eh eh, Donald Walsch está a anos-luz de nós em termos de conhecimento!

Estas tuas partilhas são saltos-quanticos na nossa realidade perceptual :) Obrigada!

Já ouviste falar no diferencial tempo-espaço que ocorre no centro de qualquer piramide reta?
http://www.espiritualismo.hostmach.com.br/piramides.htm

Entretanto, venho entregar um convite em mão, já que o email "returned to sender because delivery failed":
<a href="http://publicarparapartilhar.blogspot.com/2012/02/blogagem-colectiva-amor-aos-pedacos.html>Blogagem Coletiva Amor aos Pedaços</a>
(Lê com atenção e só depois dizes sim ou não. Rima e bate certo!)

Beijão :)
Rute

jorge vicente disse...

Querida Rute,

isto é o que acontece quando temos milhares de grupos em que participamos no facebook e quando apagamos algumas mensagens, aparecem logo o dobro delas para encavacar mais o hotmail :)

A próxima partilha, provavelmente, será menos espiritual, talvez mais visceral :))))

Muitos beijinhos
Jorge

P.S.
Vou ver os links :)

jorge vicente disse...

Sobre as pirâmides leio mais tarde!

Mais um beijo, amiga!
Jorge